Uma viagem ao Oriente


Mesmo sem sair de Lisboa. Foi uma experiência única, inesquecível e (quase) indiscritível. Na verdade, sempre tive muita dificuldade em tentar descrever por palavras aquilo que só se consegue sentir. Como descrever um aroma, um arrepio, uma música — que não tem letra, apenas nos transmite uma melodia? Como descrever o que é o azul, ou o branco, o quente ou o frio? 

E é assim — à procura das palavras certas — que vou começar a contar a minha viagem ao Oriente, sem sair de Lisboa.

O meu bilhete de ida foi entregue em jeito de surpresa inesperada. Para comemorar o lançamento do novo site do Intermarché, fui convidada a embarcar nesta aventura, na promessa de vos contar, em primeira mão, como correu a viagem. A viagem, essa, levou-me até Lisboa, ao Float In Spa. Mas por momentos [...] já não estava ali, em Lisboa. Por instantes senti-me num mundo completamente novo. Assim que entrei na recepção, agradavelmente decorada, tinha-me esquecido por completo da agitação matinal, da inquietude citadina, do corre-corre diário, do "estou atrasada" e do "tenho que ir". Ali respirava-se a calma, sentia-se a tranquilidade e apaziguava-se a alma. 


Fui recebida com palavras simpáticas e delicadas, ouvidas enquanto degustava um chá frio — perfeito, visto que ainda estava meia ofegante do ritmo frenético da cidade (entre o iro estacionar e o chegar há sempre tanto para cansar...). Depois fui encaminhada para o vestiário, onde poderia trocar de roupa e vestir um roupão confortável. A minha viagem tinha acabado de começar.


Fui apresentada à terapeuta que me iria guiar nesta Viagem ao Oriente. A primeira paragem? Egipto. Uma massagem com pedras quentes transporta-me para um cenário exótico e muito relaxante. A música ambiente, quase imperceptível, e a pouca luz contribuem para estimular os nossos sentidos. 



Esta foi a minha paragem preferida de toda a viagem. Penso que o que me fascinou foi a sensação inesperada do calor das pedras, que são colocadas gentilmente e em pontos localizados (e inesperados). Abraçar o 'misterioso', o 'jogo de sensações', o 'quente e o frio', deixar-nos levar pelos sentidos despertos, numa (in)consciência deliciosa.



Depois da massagem, seguiu-se um passeio pelo mar morto na Jordânia. Esperava-me uma sessão de flutuação — aquela que é o ex libris do Float In — onde podemos flutuar sem esforço, em água salgada, desafiando as leis da gravidade.

Seguiu-se um momento de profunda meditação interior, aproveitando o Ritual do Chá, numa sala adormecida num silêncio precioso. O chá era uma maravilha. E eu nem sou apreciadora de chá. Mas este era frutado, aromático, tão saboroso (nem adicionei açúcar, por isso era mesmo bom!).



A viagem continuou, agora até aos Himalaias. Esperava-me uma esfoliação com sal; oriundo de terras distantes, o sal dos Himalaias ajuda a esfoliar a pele, desintoxicando-a, purificando-a, deixando-a livre de imperfeições e com um aspecto muito mais saudável. Tudo o que uma mulher pode pedir, certo? 

No Float In Spa não há relógios. Era praticamente impossível dizer quanto tempo tinha passado, desde o momento em que entrei naquele oásis perdido em Lisboa. O tempo, que até agora parecia ter adormecido, revelou que duas horas passaram sem que delas desse conta. Eram agora cerca de duas da tarde e foi a altura perfeita para desfrutar de uma pequena refeição. Na sala onde anteriormente tinha usufruído do Ritual do Chá, estava à minha espera um lanche caprichado; scones (deliciosos!) com manteiga e compota, acompanhados de uma generosa porção de frutos secos e de um sumo revigorante de frutos vermelhos. Um momento de descontração e assimilação de tudo aquilo que estava a descobrir.




Depois, dos Himalaias seguimos até à Índia, para conhecer a arte da massagem ayurvédica. Uma massagem que tem como base a aromaterapia e os óleos aromáticos. A minha escolha foi fácil: hortelã pimenta. Nada me traz tanto conforto e bem-estar como o aroma fresco e delicado do óleo de hortelã pimenta. Aconchega-me, em todos os sentidos, e parece-me sempre uma brisa fresca e doce que paira no ar. 

A última paragem da viagem levou-me até à Tailândia. Experimentei, com grande surpresa e pela primeira vez, uma autêntica massagem tailandesa. Realizada num tatami (um tapete de massagens), esta técnica é praticada há mais de 2000 anos pelos monges budistas na Tailândia. São 50 minutos de pura serenidade e relaxamento, onde experimentei vários alongamentos, que promovem a flexibilidade, e vários pontos de pressão — que é feita através das mãos, joelhos e pernas — deixando-me mais leve e com a energia revigorada. 



Foi uma experiência maravilhosa. Saí do Float In a sentir-me leve, mais bonita, completamente descansada e muito mais inspirada. A Viagem ao Oriente prolongou-se por quase cinco horas e por mim podia ter continuado o resto do dia. Foi um detox completo de toda a pressão imposta pela cidade. Foi uma manhã alongada em que não pensei em mais nada. Aconselho vivamente a experimentarem, de preferência no fim-de-semana (sem telemóvel, sem horário, sem pressa). 


Na humilde opinião de quem nunca tinha tido oportunidade de experimentar uma massagem, posso-vos confessar que acima de tudo foi a sensação generalizada de bem-estar que me fez sentir ainda mais bonita e confiante. Sentia a minha pele mais luminosa, sentia o meu corpo relaxado, sentia as pernas leves, sentia o rosto mais firme (...) no fundo, a base da beleza é o sentir, e esse vem de dentro. Por isso, esta Viagem ao Oriente nada mais foi do que uma viagem ao interior de sentidos até então nunca explorados, permitindo-me sentir melhor comigo mesma — o que me fez encarar o resto do dia (e da semana) com muito mais ânimo e entusiasmo. Agora penso: "terei ficado mal habituada?" — é que tudo o que me apetece é voltar ao Oriente

De caminho, convido-vos a lerem a minha interpretação do "sentido da beleza" no novo espaço Especialista em Beleza do Intermarché. Foi uma honra ter o privilégio de escrever para lá. Espero que gostem.

2 comentários

  1. Vou sempre o Float In quando estou em Lisboa! Adoro o espaço e saio sempre satisfeita com o serviço.

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  2. Adorei a forma como descreveste a experiência! Deve ter sido fantástica.

    Marta Rodrigues, Majestic

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