Era uma vez III

E acaba assim a nossa história. A história de um dia maravilhoso por Lisboa. Um passeio que começou nos Jardins do Príncipe Real, adoçado pelas delícias da Poison d'Amour, que nos levou até a um oriente (não tão) longínquo, com peças únicas e um ambiente romântico. Mas estaria longe de acabar, este passeio a dois, sem antes conhecer um sítio que (des)conhecia vagamente. Falo-vos pois de um espaço já por mim fotografado (noutras andanças), mas que foi palco de encerramento do passeio de Sábado passado.

Mercado 1143. O nome é sugestivo, o espaço convidativo. Nessa noite foi uma odisseia para jantar, como tem sido hábito nas noites de sábado (ultimamente). Entrámos já fora de horas, mas fomos recebidos com todo o conforto e simpatia.

A decoração fala por si, e foi o convite directo para que o puxasse pelo braço e ele, sem ter tempo de pensar, acabou por entrar. E adorou. No (pouco) tempo de espera, estive deliciada com os mil e um detalhes daquele que viria a ser um dos espaços mais curiosos e originais que vi.

Desde os candeeiros de tecto, soberbos, aos bancos de baloiço, onde estavam sentados alguns dos clientes mais audazes. A cozinha, ali, à vista de todos, a mercearia (sim, tem mesmo uma mercearia) com produtos deliciosamente dispostos, e os petiscos que iam circulando e nos iam abrindo (ainda mais!) o apetite.

Sentámo-nos. Escolhemos. Eram já dez horas da noite. Mas queríamos petiscar. E assim foi. Acabaram-se as palavras. Tal como no Sábado passado. De tão deliciosos eram os petiscos. Deixo-vos, então, com as memórias gráficas daquele que se revelou um final de dia perfeito.

Os petiscos, (deliciosos, diga-se!) foram um hamburguer no pão e um outro no prato, com ovo estrelado e uns ovinhos mexidos com farinheira em base de pão de azeite. A batata frita, caseira, muito fina e com casca. Como só comi num única sítio (em Ayamonte) e mesmo como gosto. E para sobremesa, um crumble de maçã; di-vi-nal.

ou então:

 «Toma lá que já jantaste»

E assim me despeço.