Quarta #2

Lisboa. Cidade que é minha, que cabe no meu coração e me leva ao sabor da sua tradicional canção. E os detalhes em cada recanto, têm um soberbo e único encanto. Mas Lisboa também é nossa; leva-nos aos dois, de mãos dadas, num turbilhão de cantigas cantadas, felizes, sem pensar, a passear por aqueles trilhos traçados, na cidade que chamamos nosso lar.

E foi assim. Nesta quarta feira, o meu pequeno regozijo a meio da semana, foi uma ida a Lisboa. Mas ao mesmo tempo, quando dei por mim, não estava bem em Lisboa. E é dessa Lisboa que vos venho falar. Trago-vos hoje o meu olhar, imortalizado nestas fotografias, sobre um dos espaços que mais gosto da cidade. É sabido, até aqui pelo blog, o meu amor - imortal - pela baixa da capital, sempre que lá vou sorrio como se da primeira (ou da última) vez se tratasse. Mas agora, este meu amor, talvez um pouco platónico, por esta Lisboa escondida, recondida, no meio de folhagem verdes, onde os patos se passeiam entre nós, os pássaros se fazem ouvir, sobrepostos ao tráfego apressado da cidade, onde a arte da escultura, da pintura e da música têm como plano de fundo os mais belos jardins, onde as pessoas sorriem, sem ter que ser preciso ou sem serem forçadas a tal.

É a Lisboa da Gulbenkian. Por momentos, sentada naquela esplanada, esqueci-me das horas. Essas ficaram lá fora dos portões, assim como a pressa. Esqueci-me do trabalho. Esse ficou em casa (à minha espera). Esqueci-me do trânsito impiedoso e dos roncar do motor ruidoso. Por momento, naquela esplanada, sentia-me noutro lado.E é por isso que eu gosto tanto daquele sítio. 

- a caminho -

 - detalhes do dia -

- a esplanada -

- o jardim -