dos petiscos

Fora d'horas. E da cidade que tanto gosto. E dou comigo a voltar àquela noite, a primeira da nossa última visita ao Porto. Uma noite iluminada pelo espírito natalício que ainda se fazia sentir nas ruas da Invicta. 

Passada com mãos dadas, brindada com um vinho quente e aveludado. Uma noite com sabor a fumeiro, um gosto salgado, tão delicioso, tão típico.

Não podia começar esta série de partilhas sobre o nosso passeio de final de ano ao Porto sem ser aqui, na Taberna do Largo. Para quem já acompanha o blog há algum tempo, sabe que a minha paixão pela Taberna foi amor à primeira vista. E para além de nos tornarmos fiéis clientes, acabámos mesmo por estabelecer uma espécie de amizade à distância com as doces e simpáticas meninas por detrás deste projecto.

Passava mais de um ano, desde que visitámos o Porto pela primeira vez. E as meninas da Taberna ainda se lembravam de nós. Receberam-nos como se víssemos todos os dias, desde então. E foi tão bom, regressar ali, àquele recanto escondido, na Rua das Flores.

Queríamos celebrar a ocasião de forma diferente desta vez. Fomos jantar os dois apenas e fizemos reserva de mesa (o aconselhável, visto que o sucesso do espaço tem sido crescente e bem merecido!). Como, desta vez, só teríamos a oportunidade de ir petiscar á Taberna nesse jantar, aproveitámos para tirar a barriga de misérias: a tábua de enchidos, a pasta (deliciosa, diga-se) de azeitona da casa, as tibornas de tomate, os ovinhos mexidos com alheira, os cogumelos salteados, o pãozinho caseiro [...] tudo serve de desculpa para o petisco e dois dedos de conversa, desde que — claro! — regado com um bom tinto para acompanhar.

Já temos saudades da Taberna do Largo e dos seus petiscos. Da sua simpatia e ambiente acolhedor. Da simplicidade do sorriso de quem nos recebe, de quem nos serve, da qualidade dos produtos com que nos presenteia. É um dos meus espaços favoritos. De sempre. E, por isso, não me importo de lá voltar, ano após ano. Obrigada meninas da Taberna. Voltaremos. Em breve!