A arquitectura da cidade e as cores do mercado. O último dia do ano amanheceu cinzento mas avizinhava-se um dia em cheio; cheio de cor — apesar de tudo —, de passeios, de fotografias e coisas boas. Seguimos os dois, pelas ruas da cidade, e não conseguíamos mantermo-nos indiferentes às suas peculiaridades. Da cidade, digo. As suas características inconfundíveis, tão diferentes de Lisboa (ou de qualquer outra cidade, no fundo), as ruas, os sons, os cheiros, as casas, as pessoas. Sobretudo as pessoas.
O dia 31 de Dezembro de 2015 foi passado a passear, de mãos dadas, pelo Porto. Começou com um passeio pelo mercado do Bolhão e continuou com um brunch delicioso. Mas sobre isso, falaremos amanhã em especial destaque. Para já espreitem o relato visual de um dos mercados que mais me enche o coração.
Não tínhamos pressa. Aliás, por nós o dia não terminaria e ainda hoje estaríamos em 2015. Por isso, com calma, fomos descendo a Rua da Cedofeita, passando pela Praça de Carlos Alberto em direcção aos Clérigos, atravessando os Aliados...
Até chegar ao Bolhão. Já sabem que adoro mercados. Adoro o de Campo de Ourique, o de Tavira, (um pouco menos o) da Ribeira, mas gosto especialmente do Mercado do Bolhão.
Porquê? Por isto senhores:
Pelas frutas e legumes, dispostos com gosto mas em toda a sua simplicidade. Pelas cores e texturas variadas, pela qualidade.
Pelas novidades e surpresas que surgem, pela variedade. E pelas flores, pelos cactos, pelo o cheiro a pinheiro, a natureza.
Mas é sobretudo por isto; pelas pessoas, pela agitação do mercado, pela troca de palavras entre a senhora do peixe à senhora das hortaliças, no piso de baixo. Pelo sotaque entoado, quase cantado — aquele sotaque que eu amo — pela vida daquele sítio.
E essa vida que por lá se vive, não se encontra em lado algum. É por isso que o Bolhão tem um gostinho especial no meu coração.
O passeio foi-se fazendo, ia a manhã já a meio. Para este último dia do ano tínhamos reservado algo especial: um brunch num sítio sem igual.
Regressámos. Invertemos o caminho e voltámos para trás. Tínhamos mesa marcada na Rua da Torrinha e já tínhamos um apetite inigualável. Subimos então, os dois de mãos dadas, em direcção à Cedofeita. De novo.
Pena tive de não ter comprado nada no mercado. Afinal de contas ma sabíamos que iríamos jantar em casa nesse dia e — soubéssemos nós — poderíamos ter comprado os produtos de muito melhor qualidade e bem mais saborosos no Bolhão. Para a próxima não nos esquecemos.
Agora digam-me: costumam comprar em mercados? Têm algum favorito?
Amanhã partilhamos o nosso brunch — o primeiro dele e o último do ano.
Gosto bastante do Bolhão e poucas vezes saio de lá sem alguma coisa, nesta altura adoro os figos secos :)
ResponderEliminarAi as fotos <3 fazes-me apaixonar cada vez mais pela minha cidade. E o Bolhão é mesmo um lugar especial. A vida lá é diferente. Ninguém que o visite fica indiferente a isso :)
ResponderEliminarJiji
Que cidade maravilhosa, não fosse a minha :)
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