Madeira Postcards #4


Serra e mar. Ali, par e par, de mãos dadas, a mil oitocentos e dez metros de altitude. Na partilha de hoje trazemos alguns postais do passeio até ao Pico do Arieiro, da ida ao Cabo Girão e da Calheta. As vistas são todas de "perder de vista" (passo a expressão) e é um post que vos traz algumas sugestões de sítios a não perder, se forem à Madeira.


Depois do passeio pelo centro histórico e da ida ao mercado (aqui), depois da partilha da estalagem na Ponta do Sol (aqui) e daquele almoço delicioso num sítio com uma das melhores vistas da cidade (aqui), hoje é dia de vos trazer alguns dos pontos mais altos da ilha, que são paragens obrigatórias para quem visita a Madeira — pela primeira ou décima vez. São lugares privilegiados, perfeitos para os verdadeiros amantes da natureza, onde podem fazer caminhadas e passeios de bicicleta, ou para os simples curiosos que também conseguem aceder de carro facilmente a qualquer um destes sítios. Falo-vos, pois, do Pico do Arieiro e do Miradouro Cabo Girão.








pico do arieiro

Situado na ilha da Madeira, com 1818 metros de altitude, é o terceiro pico mais alto da ilha, depois do Pico Ruivo e do Pico das Torres. Estes dois últimos não consegui visitar mas ficaram no registo para a próxima ida à Madeira (de preferência no verão). É acessível através de carro mas os corajosos — especialmente os estrangeiros — fazem o percurso a pé ou de bicicleta. Acredito que no verão seja bastante exequível, se bem que ainda é um valente subida até lá acima. Quando chegam ao pico, antes de tudo o resto, detém-se na vista incrível que têm da ilha. Bem, isto se não estiver nevoeiro ou não se sentirem a flutuar nas nuvens; acontece que, sobretudo no outono e inverno, a probabilidade de terem a vista toldada com nevoeiro ou nuvens é enorme. Foi o que aconteceu, assim que lá chegámos. Mas acabei por ter sorte pois as nuvens acabaram por se dissipar um pouquinho e, bem, o resultado está presente nestes "postais".

Do Pico do Areeiro avistam-se outros locais da ilha, como a Ponta de São Lourenço, o Curral das Freiras e, com a atmosfera limpa, até conseguem ver Porto Santo.

Para além do miradouro, nas imediações do cume encontram ainda a Estação de Radar nº4 da Força Aérea Portuguesa, o Centro Freira da Madeira Dr. Rui Silva, uma cafeteria e uma lojinha de lembranças.







Seguimos passeio, serra abaixo, para almoçar no restaurante de eleição dos meus tios. Todos os domingos vão lá almoçar, pelo que são tratados como sendo da casa; entre sorrisos e cortesias, como se estivessem entre amigos. De seu nome O Clássico, nesta casa podemos contar com uma carta variada, cheia de pratos típicos e sempre com os melhores ingredientes. O polvo que comi estava divinal, a mousse de chocolate caseira (com um cheirinho de rum) ganhou logo outra dimensão e a poncha tradicional da Madeira foi a melhor que provei. Aliás, gostei tanto que trouxemos para o continente a receita — e a água aguardente de cana, para reproduzir no Natal de família.

Demos uma voltinha pela promenade junto ao mar e continuamos, agora de carro, até Câmara de Lobos, para visitar o Miradouro Cabo Girão.

miradouro cabo girão

Este é o cabo mais alto da Europa, com 580 m de altura, e a segunda falésia mais alta do mundo. O Cabo Girão é famoso pela sua plataforma suspensa em vidro (com assinatura do tio-engenheiro, que orgulho!), que vos dá uma sensação formidável de estar a flutuar sobre o mar. A entrada no jardim que vos dará acesso ao miradouro é livre e nas redondezas poderão encontrar ainda a Capela de Nossa Senhora de Fátima, um famoso local de peregrinação da ilha, avistar as fajãs do Cabo Girão, que são pequenas áreas de terra cultivadas no sopé da falésia, bem como uma cafetaria e algumas lojinhas de recordações.

A vista, para além de ser incrível, ainda vos permite observar os municípios de Câmara de Lobos e do Funchal, bem como um horizonte sem fim esculpido no oceano. Vale a pena!








calheta

O nosso passeio, que foi seguindo um curso muito tranquilo e sem pressas, levou-nos até à Calheta. Era já final de tarde e eu pedi ao meu tio que me mostrasse o Savoy Saccharum, que nas minhas pesquisas me tinha deixado muito curiosa sobre a localização e arquitectura. Além do mais, sendo também uma referência, o rooftop bar privilegiado é um espaço óptimo para um cocktail de fim de tarde. Este hotel sobranceiro ao mar, fica perto da Marina da Calheta e a sua concepção prima pela inserção da obra no seu contexto natural e paisagístico, enquadrando-se na perfeição com a sua envolvente. De um lado a montanha, do outro o mar.

Para além do hotel ter um desenho muito bonito, ganha uma conotação ainda mais especial uma vez que o responsável pela obra foi o senhor meu tio. Mais um orgulho a adicionar à lista, portanto. Ele levou-me numa pequena visita às áreas comuns do hotel e terminámos no terraço, junto à piscina e ao bar.




Que esta partilha vos sirva de inspiração e aproveitem para tomar nota deste espaço como sendo uma boa referência de estadia na Madeira. Mesmo que não fiquem lá hospedados, aproveitem para ver o pôr-do-sol pintar o oceano e iluminar toda aquela vegetação e paisagem tropical em tons dourados.

Amanhã regressamos, com um post muito especial, de um dos meus sítios preferidos de toda a viagem...

6 comentários

  1. Minha ilha linda! Tenho adorado estes teus post.

    www.thelisasworld.com

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  2. As fotografias estão qualquer coisa de fantástico!

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  3. Os teus travel posts nunca desiludem!

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  4. É cada postal, o teu blog não muda :)

    Beijinho ❤
    The Simply Ana

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  5. Sara, as tuas fotografias são sempre tao bonitas e transmitem tanta calma. Quero aprender <3.

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  6. Tenho acompanhado os vários posts da Madeira e tenho adorado como sempre, querida Sara. É um lugar tão bonito. Já tive o privilégio de a conhecer e estas fotografias estão lindas de mais! <3

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