E a chegada dos vinte e quatro. O dia doze de Agosto é sempre um dia gostoso, muito desejado e quase sempre caprichado. Faça sol ou faça chuva. Infelizmente, este doze de Agosto de dois mil e quinze chegou-nos meio cinzento e chuvoso — o que foi uma novidade, já que em vinte e quatro anos não me lembro de ter tido um aniversário à chuva. Mas (já dizia o outro) aniversário molhado é de certo abençoado. Ou algo deste género. Hoje, à semelhança das partilhas do ano passado (aqui e aqui) gostava de partilhar com vocês alguns detalhes deste meu dia doze.
Todos os anos há um mote, um ponto de partida, uma festa temática. E todos os anos me conseguem surpreender. Acabo sempre por achar que o ano anterior é superado pelo ano presente, e assim sucessivamente. É difícil escolher a festa preferia e acreditem quando vos digo que os detalhes fazem toda a diferença.
Este ano — talvez inspirado pela viagem aos Açores — o tema da festa foram os ananases. E as saudades dos ananases de São Miguel. Bem, na verdade sempre gostei de ananases. Do fruto, em si. Adoro. E da forma, da textura, do cheiro, das cores. Do exotismo, da elegância enquanto objecto de decoração [...] enfim, sempre gostei muito de ananases. E fiquei super contente quando viraram moda no ano passado.
Mas na festa deste dia doze, a mãe e a mana esmeraram-se; em todos os níveis. A começar nas bandeirolas suspensas que gritavam festa à distância, a passar pelo mural colorido a verde e amarelo, com silhuetas de ananases, terminando nos copinhos personalizados. Um copo amarelo e uma tampa em forma de rama de ananás. Que original, já viram? Fiquei encantada com o amor e dedicação que elas puseram (como põem, na verdade, todos os anos) na decoração e no pequeno almoço delicioso que me prepararam! É assim que gosto de começar o meu dia. E sei que vou ter (mesmo muitas) saudades destas manhãs de doze de Agosto, se algum dia não as puder ter...
O dia foi passado com ele, que já não o via há muito tempo. Demasiado. Um dia meio acinzentado, apenas colorido pela alegria de o ter de volta. O jantar fez-se ao cair da tarde e, mais uma vez, no sítio do costume. É um dos meus restaurantes favoritos no Algarve, para ocasiões especiais. O Restaurante Santa Eulália fica sobre a praia que lhe deu nome e guarda os melhores finais de dia de sempre.
Já sabem como sou uma rapariga de tradições. E gosto tanto de as manter! As entradinhas foram as deliciosas sardinhas albardadas com molho tártaro e umas tirinhas de lula fritas com molho picante. A melhor maneira de iniciar um delicioso serão. Especialmente se for acompanhada a brinde, com a sangria branca da casa.
Pedimos, para além do delicioso arroz de marisco — que já é tradição — os lombinhos de porco preto marinados com pimentão. Não é comum, nestes restaurante, pedirmos carnes já que o peixe é divinal. Mas não nos arrependemos e este prato harmonizou na perfeição com o resto da refeição.
Não nos poderíamos despedir do Restaurante Santa Eulália e deste jantar delicioso sem dividir uma das minhas sobremesas favoritas; mousse de chocolate branco, recheada com frutos vermelhos e regada com calda dos mesmos. É uma verdadeira delícia! O bolo teve lugar em casa, como sempre, brindando com champanhe a mais um ano que chega. É altura de desejos e suspiros, recheando os vinte e quatro com imensos sonhos e objectivos.
Mas a melhor surpresa de sempre, a maior surpresa do mundo, deu-se em Vilamoura, já depois de jantar. Estava com ele e com a mana, à espera. Íamos ver a actuação ao vivo dos ÁTOA (já vos falei deles aqui). Estava um muito triste com a notícia de que elas (as minhas elas e o meu Mário) não estariam presentes no after dinner. Os meus vinte e quatro não teriam sido tão especiais se, no meio da escuridão ruidosa à porta, não tivesse ouvido a voz da minha Carolina a gritar: «Sara, oh Sara!» — não queria acreditar. Não podia ser verdade. Ainda há pouco me tinham ligado de Lisboa (pensava eu!). Afinal conseguiram-me surpreender e deixaram-me com os olhos em lágrimas e o coração cheio. Amigos assim são para a vida! Por isso, quero-lhes agradecer. O maior obrigada do mundo, para a melhor surpresa de sempre!
Mas a melhor surpresa de sempre, a maior surpresa do mundo, deu-se em Vilamoura, já depois de jantar. Estava com ele e com a mana, à espera. Íamos ver a actuação ao vivo dos ÁTOA (já vos falei deles aqui). Estava um muito triste com a notícia de que elas (as minhas elas e o meu Mário) não estariam presentes no after dinner. Os meus vinte e quatro não teriam sido tão especiais se, no meio da escuridão ruidosa à porta, não tivesse ouvido a voz da minha Carolina a gritar: «Sara, oh Sara!» — não queria acreditar. Não podia ser verdade. Ainda há pouco me tinham ligado de Lisboa (pensava eu!). Afinal conseguiram-me surpreender e deixaram-me com os olhos em lágrimas e o coração cheio. Amigos assim são para a vida! Por isso, quero-lhes agradecer. O maior obrigada do mundo, para a melhor surpresa de sempre!
Parece ter sido um dia super bem passado e os detalhes dos ananases são maravilhosos (fiquei com um pouquinho de inveja, mas da boa). E essa surpresa dos teus amigos foi adorável!
ResponderEliminarA mousse de chocolate branco que mostras aí inspirou-me para uma receita, ahah.
Lena's Petals xx
Que giro, adorei as fotos :)
ResponderEliminarTardios, mas que contes muitos.
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