Em Silves. O Café da Dona Rosa — hoje em dia chamado o Café Da Rosa — é, também, ponto de paragem obrigatório nas nossas férias de verão. Desde que me lembro que lá vamos, sempre. E a história que abraça este espaço delicioso é muito mais antiga do que aquilo que me poderia lembrar. A senhora, a Dona Rosa, conhece o meu pai desde pequeno (o meu avô é de Silves e por isso ainda temos algumas raízes por lá). Assim sendo, a Dona Rosa viu o meu pai crescer e os meus tios. Viu-me nascer e à minha irmã. E espero, um dia, que possa ver também os meus filhos. É uma senhora linda, com o seu sorriso terno e olhos azuis, amorosa, uma simpatia. Além do mais, tem os melhores Dom Rodrigo do mundo (e arredores!).
Este ano apanhei um valente susto. Assim que chegámos junto à porta reparei que tinham um novo emblema com nome — coisa que nunca tiveram. O café que, até então, chamávamos de Café da Dona Rosa era agora apelidado oficialmente de Café Da Rosa. Até aí tudo bem. Mas assim que entramos [...] o espaço estava diferente. A mobília continuava igual, os painéis de azulejos também, mas a disposição era outra e — o pior de tudo! — não vimos a Dona Rosa.
Antes que o choque inicial passasse, apressei-me a perguntar ao rapaz, que estava do outro lado do balcão, pela Dona Rosa. Tranquilizou-me. Disse-me que estava bem mas que aproveitava agora para descansar e que, por isso, o café tinha passado para a neta. Ufa, pensei. Afinal percebo perfeitamente o novo logo, a nova imagem, a nova decoração. Com outros olhos e com o coração apaziguado, consegui perceber que o espaço tinha ganho imenso com as mudanças, a luz que entrava era mais bonita, os recantos renovados estavam cheios de pinta e muito mais convidativos ao convívio.
Havia uma mistura de peças antigas com outras modernas, linhas clássicas e traços contemporâneos. Havia um equilíbrio agradável de materiais e pontos de luz, o grande sofá, que convidava a um café prolongado ou um refresco demorado, pausado entre dois dedos de conversa. Um espaço ideal para ir com as amigas, os amigos, as caras-metade ou em família, já que este recanto de leitura e lazer está provido de vários livros infantis, como os clássicos da Anita.
E se porventura julgam que as mudanças trazem sempre alguma coisa de menos bom — porque, por vezes, acontece — neste caso não houve registo de nada a apontar. Pelo contrário. O Café Da Rosa presenteia-nos com deliciosos bolos regionais, caseiros, como os biscoitos de figo e amêndoa, bolachas de chocolate e alfarroba ou ainda o típicos queijinhos de figo ou bolinhos de massapão — que são a metáfora perfeita para dizer "Algarve". O Dom Rodrigo, esse, continua igual: o melhor do mundo!
Se costumam passar férias no Algarve ou têm alguns planos para esses lados em breve, aconselho vivamente a conhecerem o Café Da Rosa. Tenho a certeza que vão ficar apaixonados, como eu. Espreitem a página do facebook (também é uma novidade) e deliciem-se.
E porque não há como ir a Silves e não nos perdermos por esta terra, outrora capital do Algarve. É sempre um prazer ir por lá passear. Quer-me parecer que ainda tenho muito de algarvio dentro de mim. Voltava para lá já amanhã. Quem mais tem saudades das férias?
Já disse isto muitas vezes, mas vou voltar a repetir: a minha cidade é linda ♥
ResponderEliminarE tu, Sara, capturas a sua essência e vida sempre - mas sempre - tão bem!
O espaço é absolutamente adorável, gosto imenso da decoração :)
ResponderEliminarSe algum dia for a Silves, é paragem obrigatória!
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