Que já deixas saudades. A viagem a Paris foi uma viagem memorável, inesquecível e muito especial. Foi a primeira viagem a quatro e foi um pulo de emancipação. Foi, também, uma viagem com um sabor agridoce; pelo menos para mim. Já tinha vontade de querer voltar, mesmo sem antes sair de Paris. Não sei se estarão recordados, mas falei-vos aqui que a viagem teria um propósito muito desenhado — mesmo que a minha vontade fosse outra — que era o de ir aos parques da Disneyland. Por isso, a cidade foi vista num dia (se dá para acreditar?) mas foi o suficiente para trazer até vós uma mão cheia de dicas do que ver, fazer e — sobretudo — do que não fazer! Curiosos para saber como foi o nosso primeiro dia em Paris?
O entusiasmo era tremendo e a excitação também. As horas, no aeroporto, rapidamente se transformaram em minutos e não tarda estávamos no avião para Beauvais, Paris. A viagem na Ryanair correu sem problemas e foi um voo muito tranquilo. Aterrámos antes do previsto e não demorámos até chegar à paragem do shuttle directo para a cidade.
Por termos acordado às três da manhã para estar no aeroporto de Lisboa às quatro, acabámos por adormecer na viagem de autocarro, sendo que só despertámos com os suspiros e exclamações que ouvíamos dos demais; já conseguíamos ver a Torre Eiffel e isso foi uma alegria.
Continua linda.
O final da viagem foi engraçadíssimo: acabámos por conhecer uma senhora australiana que era super simpática e tinha estado em Lisboa a passear na última semana. Falámos muito sobre as maravilhas da nossa cidade e dissemos-lhe que, para a próxima, ela tinha que ir ao Porto. Assim de repente, já quase que tínhamos saudades de casa.
Perguntámos como haveríamos de apanhar o metro junto do Arco do Triunfo (ficava tão perto de Porte Maillot que optámos por, em vez de apanhar o metro no terminal do shuttle, caminhar até a esse ponto de interesse). Como da primeira vez em Paris não tinha estado lá, adorei. A perspectiva da avenida, a magnificência do Arco do Triunfo, era o aperitivo perfeito para começarmos a entender o esplendor da cidade.
Apanhámos o metro até Gare Du Nord para poder antecipar o check in (que já foi feito um pouquinho mais tarde do que o previsto, pois neste primeiro dia todos os segundos contavam). Ainda assim, fomos muito bem recebidos e encaminhados para um dos quartos que já estava pronto. Pousámos as malas e admirámos o hotel, que era óptimo — especialmente tendo em conta o que pagámos (ainda hoje não acredito como foi que conseguimos essa proeza).
Resolvemos partir à descoberta sem demoras. Já tinha elaborado previamente uma listinha com todos os sítios onde gostava de ir. Confesso que a lista era utopicamente grande e das referências que levava, só conseguimos visitar dois sítios. É aqui que começa a minha mágoa e o gosto agridoce da viagem. Mas já falaremos sobre isso. Partimos em direcção Rue du Nil pois estávamos na mira de almoçar no Frenchie To Go. E fomos. E foi delicioso. E falaremos disso amanhã!
Na minha agenda — sim, minha, já que fiquei encarregue de planear o dia (o dia, que tristeza) em Paris e o dia em Versalhes — estava programado seguirmos para a Catedral de Notre Dame. Da primeira vez que estivemos em Paris só a visitámos à noite (que tem um encanto especial) mas gostava de a ver de dia, para poder admirar os vitrais maravilhosos e toda aquela luz mágica. Sim, porque Paris tem uma luz (quase) tão mágica como Lisboa.
Estava um dia lindo. Era de aproveitar. Até porque sabíamos de antemão que seria o único. A meteorologia já nos tinha precavido para os restantes dias, que seriam de chuva. Foi um outro alfinete nesta viagem, há muito desejada, há tanto programada [...] que seria (eu já sabia) agridoce.
Passámos pelo Centro Georges Pompidou e admirámos o contraste entre o moderno e o actual, o antigo e o novo. Gosto de contrastes. E passei a admirá-los ainda mais na nossa viagem a Londres, lembram-se? Regressando a Paris [...] seguimos pela Place de l'Hôtel de ville, uma zona linda, fresca e iluminada. Sabíamos que a Notre Dame estaria ao virar da esquina e estávamos ansiosos.
Ei-la. Recuei aos tempos de menina e lembrei-me de um dos meus filmes favoritos. Teria sonhado ou seria mesmo o Quasímodo que andava por lá a tocar os sinos? Fantasias à parte, a realidade abateu-se sobre nós quando vimos que a fila para entrar dava quase a volta ao Sena — bem, não precisamos de exagerar, é claro — mas creio que percebem a ideia. Diria que a espera seria de duas horas para entrar. E eram já quase 17h.
Outra nódoa que mancharia o meu roteiro. Mas tínhamos que fazer opções e gostávamos de subir à Torre Eiffel no cair da noite. Desculpa, Sara, mas não podemos estar na fila, já viste o que seria? — disseram-me. E eu acatei. Afinal já conhecia a catedral e poder admirá-la por fora também é de tirar o fôlego. Mas eu vou voltar. Sei que vou voltar.
Por incrível que pareça — e mesmo que não tenhamos, até então, visto muita coisa — a verdade é que já estávamos muito cansados. Caminhávamos há quase três horas e há três horas que não parávamos para tomar um café ou beber um refresco.
Faremos um último artigo sobre dicas e sugestões e acreditem: vão ter muitas. Para começar, devíamos ter comprado água para este primeiro dia de passeio, que seria o mais cansativo (já que faríamos quase tudo a pé). É que o preço praticado pelos espaços naquela zona são absurdos e acabámos por não parar e descansar. Seguimos, no entanto, até à livraria mais querida de sempre: Shakespeare & Company.
Tinha ouvido falar desta pequena livraria e tive que a colocar na lista das coisas ver. Ficava tão pertinho da Notre Dame que, por uma questão logística, faria todo o sentido passar por lá.
E assim foi.
Um espaço pequenino, recheado de livros — muitos e muitos livros — e muito mais charme do que muitas livrarias grandes. Infelizmente, as fotografias no interior são proibidas e compreende-se. Contentei-me em entrar e perder-me um bocadinho lá dentro. Parar, respirar, admirar.
Tudo para depois continuar. Seguimos passeio, junto ao Sena, em direcção à Torre Eiffel. Que inocência a nossa, pensar que era um num pulinho. Esse "pulinho" representou mais duas horas de caminhada. Agora as três horas de sono à noite e as três horas de passeio antes começavam a fazer-se sentir.
Das vantagens de andar a pé, contra todas as outras inconveniências, é poder ver e conhecer coisas que, de outra forma, seria impossível. O final da tarde apressava-se a cair e já se via algumas nuvens matreiras no céu, que encobririam — assim pensava — o meu por do sol no topo da Torre Eiffel.
Sena. Que saudades. Continuas tão belo — pensei para comigo. Caminhávamos em silêncio e parávamos todos quantas vezes a vontade me levava a disparar. Tiveram uma paciência de santo, aqueles três companheiros de viagem. Mas esta cidade tem um je ne sais quoi de mágico, de belo, de imortal. E tudo o que queria era registar essa essência.
Haverá algo mais parisiense do que os artistas à beira rio, os pintores de rua, as peças vintage, as antiguidades expostas, a música que se ouve no fundo da rua?
Estávamos cansados, é verdade. Mas estávamos tão felizes. Contudo, a sensação de que o dia estava a passar num piscar de olhos era assustadora. Eu estava lá, junto ao Sena, respirando todo o esplendor da luz de final de tarde que se abatia sobre a cidade, mas só me apetecia voltar.
E havemos de voltar — dizia-me ele — voltaremos com calma, para que possas entrar onde quiseres, fotografar quantos detalhes puderes e perderes-te horas nesta cidade).
Engraçado como tanta coisa muda e, no entanto, tudo está igual. Quando estive em Paris, em 2008, ainda não tinha vindo a moda dos cadeados. Certamente que as juras de amor seriam feitas de oura forma. Engraçado também como quem lançou a moda foi um dos autores contemporâneos favoritos e que eu própria li, em primeira mão, o romance que deu asas a esta tendência. Estive em Paris, com o meu amor, e jurámos que seria eterno. Mas não prendemos cadeados. Não precisamos disso (e para ser sincera, acho que foi uma moda catastrófica para a beleza e equilíbrio da cidade).
Uma paragem pelo Louvre, no caminho até ao nosso destino final. Já conhecíamos o museu de outras andanças e posso afirmar, com toda a pompa e circunstância, que o vimos muito bem da primeira vez. Agora o tempo era escasso e limitámo-nos a passear no exterior do museu. É deslumbrante, não acham?
Novamente, o precioso equilíbrio de contrastes num dos maiores clichês de Paris. Mas, afinal, não são as melhores viagens (pelo menos as primeiras) feitas de bons clichês?
Ficámos ali sentados, durante um bocadinho. Descansar e apaziguar a alma. Registar todos os detalhes bonitos daquela azáfama que nos dava tanta calma. Estava um final de tarde bonito e ideal para se ser um pouco mais parisian.
Não me lembrava do quão avassalador era, do quão imponente se apresentava. Recordava-me de ser lindo, mas não estava lembrada que era tão sumptuoso.
O Museu do Louvre é um dos maiores e mais famosos museus do mundo. Percebe-se porquê. Por fora é de tirar o fôlego e por dentro apresenta uma vasta colecção fenomenal de peças de arte, abrangendo quase mais de oito mil anos de cultura da civilização, tanto ocidental como oriental. Não fiquei triste por não ter entrado. Já visitei o museu e além do mais, à semelhança da Notre Dame, também a fila era assustadora.
Como resistir aos encantos desta cidade? Tudo parece saído de um postal.
E só me apetecia imortalizar tudo através da minha lente, com medo que a mente — um dia — me falhe. E não poderia permitir esquecer-me desta viagem a Paris, com eles.
Continuámos passeio. Passámos para o outro lado do rio e fomos ver o Museu de Orsay. Também não entrámos mas desta vez tenho pena. Lembro-me de ter adorado o museu da primeira vez que lá estive.
Caminhámos, caminhámos e continuámos a caminhar. Afinal de contas, onde ficava a Torre Eiffel? Ia jurar que era já ali.
A tarde começava agora a dar as boas-vindas à noite e o sol escondia-se atrás das nuvens. Eram umas sete da tarde e tinha cá para mim que, mesmo que quiséssemos, não conseguiríamos ver o pôr do sol, com as nuvens todas.
A Torre Eiffel. Exactamente como há sete anos atrás. Aquela rua. O mesmo entusiasmo. Aquela esquina. A tal árvore. E ela — a Torre Eiffel. Não sei porquê (já da outra vez assim foi) acabamos por tropeçar na Torre Eiffel sempre nesta rua. Que é linda, não nego. Mas nunca consegui vê-la do topo dos Champ de Mars, naquele enquadramento fantástico, digno de um sonho. Mais uma vez, a sensação doce-amarga de que tinha que voltar. Tenho que voltar.
Ainda assim, aquela visão foi um suspiro longo. Foi um absorver num só trago toda aquela beleza, que carrega história, que nos eleva com toda a sua glória. É tão bonita, não é?
Seriam quase umas sete e meia da tarde? Julgo que sim, mais coisa menos coisa. Assim que nos deparámos com as entradas percebemos que o nosso fadário estava longe de terminar. A espera revelou ser de duas horas e até houve alguma chuva para acompanhar.
Não podia crer neste tempo de espera, que foi apenas aproveitado para conversar, rir um bocadinho e rever as memórias frescas do dia que estava agora a terminar. Comprámos os ingressos para o terceiro piso. Já tínhamos subido, eu e a minha irmã, à Torre Eiffel da outra vez, mas durante o dia. Resolvemos que duas horas de espera na fila justificariam o bilhete mais caro e subir até ao topo (do mundo).
Engano nosso, que resultou num rápido arrependimento. Chegados ao último piso da Torre Eiffel deparámo-nos com uma enchente de gente que obstruía qualquer linha de visão que pudéssemos ter para a cidade. Se vos disser que, assim que saímos do elevador voltámos a entrar, acreditam? Não valia a pena. Estava cheio de turistas desenfreados, com os seus selfie sticks malfadados e não conseguiríamos ver nada.
Descemos para o segundo piso. Estava um pouco mais desafogado mas eles já estavam cansados. Eu armava-me em corajosa porque me recusava a sair dali sem ver a vista (de perder de vista) da cidade à noite, iluminada. No segundo piso foi mais fácil — coisa que se soubéssemos de antemão nos teria poupado alguns euros, visto que o bilhete era mais barato. Adiante.
Achei a vista da cidade dia dia mais bonita, como a vimos da primeira vez que lá estivemos. No entanto, o impacto que temos quando vemos a cidade iluminada é brutal. Ainda nos parece maior; um palco de estrelas brilhantes, vibrantes. Foi bonito ver a vida da cidade, nada adormecida, tão iluminada.
Nessa noite jantámos numa pizzaria maravilhosa que vi no Cup Of Couple. Falaremos dela mais tarde, não se preocupem. Tenho a certeza que vão gostar. Para já, despedimo-nos da cidade do amor. Amanhã voltaremos com uma sugestão para almoçar deliciosa. Ficam desse lado?
Un bisou...
Adoro as fotografias! Eu estive lá em março e amei! Só fiquei com pena de não or a Disney (e não ficar em Paris mais tempo, claro!). Deixo te uma dica que só descobri no último dia, infelizmente. Como deves ter reparado, por toda a cidade há pontos com umas bicicletas cinzentas (não me lembro do nome) que podem ser alugadas por turistas (ao contrário de Barcelona, que é só para residentes). Paga se 1,70€ por dia. Depois o preço acresce consoante o tempo que se anda. A primeira meia hora e grátis, a segunda é um euro e por aí fora. O melhor é que há pontos por toda a cidade e dá para colocar a bicicleta pelo caminho, esperar dois minutos e retira lá outra vez, de modo a não ultrapassar os 30min e não se pagar mais. Caso o ponto esteja cheio (aconteceu me junto a norte dame) a máquina mostra os pontos mais perto com lugares livres e da nos 15min extra para lá chegarmos. Eu adorei andar a passear assim! Fica super em conta (só paguei 2,70€ pelo dia todo) e a cidade é plana por isso anda se na boa. Beijinhos
ResponderEliminarOlá Maria,
EliminarMuito obrigada pelas tuas doces palavras e sugestão. De facto, desta vez acabámos por comprar um passe de transportes. Mas pelo que me dizes,a poupança que fazemos ao optar pelas bicicletas é tremenda!! Da próxima vez não me irei esquecer, com certeza :)
Fotografias maravilhosas, um relato anda melhor. Paris é das cidades mais lindas do mundo.
ResponderEliminarOh, obrigada Ísis!! É mesmo *
EliminarFotos lindas Sara, amei, tambem ja tive ha uns aninhos em Paris. Uma cidade linda, nao das minhas favoritas mas tambem gostei muito. :)
ResponderEliminarAmei as tuas fotos.
claudiapersi.blogspot.ca
Querida Claudia,
EliminarMuito obrigada pelas palavras sempre tão bonitas! Tenho que voltar lá rapidamente :)
Fotos lindas! =)
ResponderEliminarAwww :$ obrigada!
EliminarNunca amei tanto uma cidade até ter aterrado em Paris em 2012!
ResponderEliminarSara, desculpa a indiscrição mas tens algum tipo de curso ou workshop na área de fotografia? Captaste lindamente as paisagens. Parabéns!
Beijinho e fico a agardar um novo post acerca desta encantadora cidade.
Querida Louise, não é indiscrição nenhuma. Tomo-o até como um elogio. Mas (infelizmente) ainda não fiz nenhum curso nem workshop na área. Está nos meus planos breves, no entanto :) um beijinho grande*
EliminarMas será que toda a gente foi a Paris recentemente?! Que invejaaaaaaaa :)
ResponderEliminarEstas fotografias estão lindas e dão-me vontade de lá voltar!
| INDIGO LIGHTS
Parece que sim [hihi] apesar de esta viagem ter sido, sobretudo, com a finalidade de ir à Disney. O tempo, propriamente dito, na cidade soube-me a pouquinho. Tenho que voltar!
Eliminarpost, fotografias e texto INCRÍVEIS <3
ResponderEliminarJoaninha, obrigadaaaa :)
Eliminarque post tão bonito*
ResponderEliminarQue elogio tão grande :) obrigada
EliminarAdorei as fotos e confesso que fiquei com ainda mais vontade de visitar o mais rapidamente possível :D :D
ResponderEliminarhttp://girlygirlsthinkpink.blogspot.pt/
Sim, sim! Jessica tens que ir! A cidade é linda e merece a visita :)
EliminarAinda não conheço, mas espero resolver isso rapidamente!
ResponderEliminarMarta, tens mesmo :) se precisares de algumas dicas ou sugetsões extra, já sabes!
EliminarUm beijinho
Tal como nos tens habituado: fotos maravilhosas, relatos que nos transportam para aquelas ruas. E eu também quero taaaanto voltar a Paris! Vou estar atenta a todas as tuas dicas ;)
ResponderEliminarOh, mas tens sempre umas palavras tão carinhosas...Obrigada, querida*
EliminarSara, será que me poderias dizer como tiras essas fotografias magníficas à noite? Comigo saem quase sempre desfocadas ou com uma cor estranha... :)
ResponderEliminarOh querida Sara *toda eu corada* a verdade é que as minhas também estão com uma cor estranha, como dizes. Não notas? Meias acastanhadas, parece-me. De qualquer das formas, tento sempre fotografar regulando o ISO e depois onde dedico mais tempo é na edição da fotografia (tenho usado o Adobe Lightroom 5).
EliminarUm beijinho enorme e obrigada*
Que fotografias espectaculares Sara, as da noite então estão fantásticas...deste-me umas saudades enormes de Paris <3
ResponderEliminarJu linda, muito obrigada pelos teus comentários e presença assídua aqui no estaminé! :) Também em vou actualizar de tudo o que tenho "andado a perder" no teu cantinho!
EliminarNão sabia que esta moda dos love locks em Paris, que se propagou por outras cidades tinha sido iniciada por um autor contemporâneo! Qual é o tal romance que originou, Sara? Fiquei curiosa!
ResponderEliminarLembro-me de ler qualquer coisa acerca de uma petição para a retirada dos cadeados devido ao peso agregado à ponte depois de uma parte dela ter caído.
Gostei muito de ler este primeiro capítulo da viagem, cheio de fotografias bonitas e relatos num registo tão envolvente como nos tens habituado! :)
Beijinhos
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Sofia
Seventeen Seconds
Ai Sara...estou aqui a devorar os teus posts, a tirar notas e com o coração aos pulos <3
ResponderEliminarJiji