Vamos pois. E vamos dentro de muito pouco tempo. São três amigos, quatro países, seis voos, vinte dias. Uma aventura. E eu não podia estar mais entusiasmada. Se é o tipo de viagem que me descreve à primeira vista? Não. Se mal posso esperar por partir à descoberta? Sim. Saibam tudo sobre a minha primeira grande viagem...
Tudo começou em dezembro, mais coisa menos coisa. A semente da ideia foi plantada mas, até então, não tinha grandes frutos. Só em janeiro é que começou a crescer, ganhar raízes, forma e força. Agora é uma bonita realidade. E em mim surge um misto de emoções que abrangem um espectro gigante. Vão desde o entusiasmo desmedido ao receio irracional, do êxtase não contido ao nervosismo actual.
A minha vida, hoje em dia, é feita dentro de um avião. É lá que trabalho. O caminho para o aeroporto sei-o de cor. Conheço todos os meandros do backstage do maior lugar de partidas e chegadas, de reencontros e despedidas. Conheço os acessos dos membros do staff e reconheço já as caras que todos os dias vejo por lá. Equipas de limpeza, de segurança, colegas. É a minha realidade.
Mas (oh) como é diferente essa realidade com a realidade de estar lá como passageira. Desde que comecei a voar que ainda não entrei no Aeroporto de Lisboa como passageira. Já fui ao Porto, é certo, mas também foi de uma forma pouco ortodoxa, já que como tripulante tenho alguns privilégios relativamente aos voos nacionais.
A somar a isto, esta é — sem dúvida — a maior viagem que já fiz.
As poupanças que sempre fiz serviram para conhecer os sítios incríveis que hoje conheço. Não são muitos, quase que se contam pelos dedos de uma mão (Roma, Londres, São Miguel, Paris, Dublin, Madrid, Barcelona, Bucareste e Madeira). Em trabalho acabei por conhecer algumas cidades espanholas maravilhosas e pisei África pela primeira vez, tendo-me perdido de amores por Marrocos (sobretudo Chefchaouen). Mas pronto, fora essa excepção, nunca saí da Europa. O voo mais longo que fiz foi até Bucareste e embora goste de me ver como uma wanderluster, na prática já comecei tarde. Mas como a sabedoria dita: nunca é tarde. E por isso este ano, na graça dos meus vinte e sete, vou atravessar o Atlântico e aterrar noutro Continente.
O melhor de tudo? Vou com dois rapazes que se revelaram ser óptimos amigos e compinchas de viagens. Por isso durante vinte dias vamos ser só nos, los tres amigos, a aventurar-nos pela Argentina, Chile, Bolívia e Peru. O roteiro já está desenhado há muito e eu acabei por tratar de tudo, desde a selecção dos voos, hotéis, excursões, etc. Vou partilhar tudo convosco nos próximos posts, desde organização da viagem, àquilo que não se podem mesmo esquecer. Ah! E como vou ter que levar tudo para a viagem numa mala de cabine, o desafio vai ser também partilhado com vocês. Já descobri alguns truques que me vão ajudar nessa árdua tarefa de fazer uma mala de mão para vinte dias, com temperaturas de verão e inverno. Será que consigo cumprir a tarefa?
Fiquem desse lado. Vou partilhar tudo em detalhe aqui no blog e pelo instagram também. Podem-me seguir por aqui e podem contar encontrar a famosa tag de viagens do canal. Será algo do género #littletinypiecesofsouthamerica.
Têm algumas dicas preciosas? Partilhem tudo...
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