histórias de amor



Qual é a história de amor mais bonita?

Ao longo da vida vamos vendo, lendo e conhecendo várias histórias de amor. E o amor manifesta-se de várias formas. É uma descoberta constante. Não pensava, por exemplo, ser capaz de amar tanto uma bolinha de pelo, com quatro patas, de seu nome toulouse. E, no entanto, amo-o muito. 


O amor incondicional, esse, conheço-o desde tenra idade. Foi-me dado como se de uma dádiva se tratasse logo à nascença e foi regado ao longo de uma infância muito feliz. Foi elevado ao seu expoente máxima quando me tornei irmã mais velha e é no seio da família que me senti muito amada e retribui esse amor. Porque, apesar de tudo e aconteça o que acontecer, não há nada como o amor incondicional daqueles que nos criaram e que estão sempre lá.


Fui aprendendo que há amores e desamores. Que o amor não se mede aos palmos. Nem depende de uma métrica de tempo. Amores recentes não são, necessariamente, menos verdadeiros e sinceros do que os amores antigos. Aliás, a vida ensinou-me que os maiores desgostos de amor vêm sempre de quem já está há muito na nossa vida. E desenganem-se se acham que falo de um amor romântico. Não há dor maior do que perder o amor de um amigo. É um pedacinho irreparável no nosso coração. Mas uma coisa vos garanto: o coração transforma-se, num processo curativo, molda-se e abre espaço para novas amizades, para novos amores. Tão ou mais bonitos que os anteriores.


Outra coisa preciosa que aprendi, ao longo destes trinta anos de existência (deus, a constatação do facto de que já são 30!) é que não há idade limite para se conhecer um novo amor. E é quando menos esperamos (mesmo em plena pandemia mundial, como foi o meu nosso caso) que volta a surgir aquele sentimento de frio e quente, de arrepios na barriga, de antecipação e entusiasmo pelo próximo encontro. Esse amor, envolto numa paixão tonta, não tem idade. A única coisa que os anos nos conferem é mais perseverança, mais calma e um olhar mais astuto. De resto, é tudo igual. Como os primeiros romances, que parece que ficaram perdidos no tempo. Não ficaram. Vamos sempre a tempo de viver (ou reviver) um romance assim.


Quanto ao passar do tempo, acredito até que à medida que os anos passam os amores multiplicam-se. Senão vejamos o amor que nasce com a chegada de um bebé: é todo um novo universo e toda uma nova expressão do verbo amar. Outro amor incondicional que surge ao mesmo tempo que nasce uma mãe e um pai. Ainda não passei pela experiência mas é um sonho, desde sempre, dar continuidade a todo o amor que recebi enquanto filha, passando-o de legado para o meu bebé. Um dia...


E por último, mas não menos importante: o amor próprio. Outro trabalho continuo, o mais árduo e desafiante. Amar a pessoa que somos, o ser humano em que nos tornamos. Amar o nosso reflexo, saber valorizar, respeitar e aceitar. Sobretudo aceitar. É um processo complicado, frustrante, desgastante. Mas, em última análise, é o único processo que nos é vital e é certo que nos irá acompanhar, sempre, ao longo da nossa existência. Por isso invistam nesse amor. Cuidem-se. Mimem-se. E percebam que não há mal em levá-lo com altos e baixos. Este processo é mesmo assim. É um pouco o reflexo da vida.


Agora vocês, partilhem comigo: qual o maior e mais bonito amor da vossa vida? Qual a história de amor mais bonita que já ouviram, viveram ou conheceram?

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