manifesto de amor.

Hoje, neste dia da mulher e neste meu regresso ao blog, celebro o mês de março não só por ser o mês de aniversário de uma das minhas pessoas favoritas, mas por ser também o mês da mudança. Por isso este meu manifesto de amor vai para ela: a menina que vi crescer e tornar-se numa das mulheres mais bonitas e inspiradoras do mundo —a minha irmã...

Na primeira semana do ano fui fazer uma coisa que há muito que falava em fazer com a minha irmã; somos apaixonadas pelo trabalho do roseprophet — Miguel Rosa, um tattoo artist de Lisboa com um traço absolutamente maravilhoso! — e ela presenteou-me no Natal com uma tatuagem no dia 5 de janeiro. Um projecto de manas. Na altura não entendi o porquê da data marcada, da pressa agendada... afinal, já falávamos disso há tanto tempo, porque não esperar mais um pouco? Hoje entendo.

Celebrámos esta nossa relação que vai muito além de uma "relação de irmãs". 

Somos irmãs sim. Há quem pense que somos gémeas até. Nestes últimos quase vinte e oito anos da nossa existência conjunta partilhámos muito mais do que um código genético. Partilhámos uma mãe e um pai. Partilhámos uma família. Partilhámos um quarto, um colégio, um jardim, brinquedos, uma escola, algumas escolhas. Partilhámos segredos, alegrias, medos e euforias. Partilhámos aventuras sem fim. Partilhámos viagens de avião, passeios por outras cidades, emoções em montanhas russas, lágrimas de felicidade quando estivemos na Disney. Partilhámos um sofá cor de rosa (paz à sua alma). Partilhámos os serões com filmes de animação. Partilhámos conversas e desabafos. Partilhámos a guarda de um gato — o melhor gato do mundo — partilhámos uma casa. Partilhámos uma vida.

Temos crescido sempre lado a lado, porta com porta. Agora devemos continuar a crescer. Já não estaremos lado a lado e as portas estarão a vinte minutos de distância. Mas uma coisa é certa: serei sempre aquela que vai sentir a sua falta. A que se apega aos rituais, à rotina. Vou sentir sempre saudades dos jantares partilhados, dos serões conversados, de ouvir como foi o seu dia, de abrir aquela garrafa de vinho e de ficarmos sentadas à mesa de jantar, só a falar, com a televisão em plano de fundo a dar, em silêncio.

ser-se irmã de alguém não é escolha de ninguém.

Mas ter nessa pessoa uma melhor amiga incondicional, que partilha muito mais do que genética, é uma escolha que fazemos. E para nós é como se nem escolha fosse; é natural.

Hoje escrevo na minha nova casa, que já não é a casa dela. Crescer tem destas coisas. Mas continuo com a certeza que ela será sempre casa, onde quer que estejamos.

Ela, que para além de filha e irmã perfeita, é ainda a melhor e mais dedicada psicóloga e que toca na vida de todos aqueles que se cruzam no seu caminho com um jeitinho que só ela sabe, com a sua sabedoria e paciência, que tem sempre a palavra certa para dizer, mesmo que os momentos menos luminosos. É realmente um orgulho poder chamá-la de irmã. 

E aproveitando o momento, sem ela saber (porque nem sonha que lhe escrevo aqui) aproveito para vos dar a conhecer a sua página A Minha Querida Psicóloga, uma extensão do seu trabalho enquanto psicóloga, para que possam acompanhar, tirar algumas dúvidas e ficar a par de todos os conteúdos e novidades que em breve irão surgir.

Passando este momento de orgulhoso patrocínio (sem o ser), só me resta agradecer-lhe: obrigada por seres a minha melhor amiga e uma Mulher com M do tamanho do mundo.

Quanto a mim, voltarei durante este mês com óptimas novidades. Um regresso que será marcado por muitas partilhas e alguns miminhos para vocês. Ah, é verdade, já vos disse que estou noiva? Não? Pois é; daqui escreve-vos uma mulher imensamente feliz e cheia de coisas boas para partilhar. Fiquem atentos aos próximos posts e obrigada por estarem desse lado!